sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Faixa 63 (históricos sempre)

Antes da habitual hibernação de fim-de-semana está na hora de falar de coisas mais leves, arrumar a má-língua partidária, deixar os búúús de lado, e olhar para esse clássico do futebol português, esse hino à magia do futebol que é o Sporting – Benfica. Podem estas duas equipas jogar mal, jogar muito mal, pronto, jogar pessimamente mesmo, mas este é o verdadeiro duelo de gigantes do nosso futebol. Eu bem sei que o campeonato é uma miragem mas aqui não se jogam campeonatos. Entre Benfica e Sporting joga-se a possibilidade de gozar alarvemente com os colegas de trabalho derrotados, de chatear o homem que nos tira a café na pastelaria, de sermos pisoteados pela alegria do colega do lado, de lermos títulos nos jornais que podem ir do “Águia depenada” ao “Leão sem unhas”, passando pelo “Chamem a Polícia” – este só para roubos de igreja por demais evidentes. Há ainda a possibilidade de alguém se lembrar de escrever “Dragão já tem as faixas no cofre”, este é mais arrojado, bem sei, mas em caso de empate acredito que a algures há um editor que aposta em algo deste estilo. Mas a magia de um encontro entre estes dois colossos – sim, sou um sonhador – do futebol mundial, empolga a plateia, o balcão, o sofá e até, pasme-se, consegue meter mais de meia casa em Alvalade. Por mim terei pena se se confirmar que o estádio não vai encher, um clássico destes merece público, merece barulho, merece golos, merece jogadores a fazerem aquilo que não fizeram uma época inteira, merece ser grande, inesquecível, e merece também respeito, amizade, dignidade e – Paulo Bento dixit – tranquilidade. O que este clássico não merece é violência, idiotice e encobrimento dos clubes aos gangs em que as claques de futebol se transformam facilmente.
O Sporting – Benfica é, e será sempre, um clássico, mesmo sendo o da 2ª Circular. Respeite-se isso e certamente que no domingo vamos ter um dos melhores jogos de futebol da época.

P.S. – Mike Plowden, poste do dream team de basquetebol do Benfica nos anos 80 e 90, morreu há três dias de forma abrupta enquanto orientava um treino. Foi graças a ele, a Carlos Lisboa, a Henrique Vieira e a José Carlos Guimarães que durante dois anitos pensei em jogar basquetebol a sério, infelizmente parei de crescer nos 1,78 metros e tinha pouco jeito para base – pronto… tinha mesmo era pouco jeito. Mike Plowden era um atleta exemplar, graças a muita gente e a ele também em especial, o basquetebol português deu um enorme salto qualitativo. Ele merece - espero que alguém se lembre disso - um minuto de silêncio no início do clássico, juntamente com a homenagem à memória de Cabral Ferreira, ex-presidente do Belenenses falecido também esta semana.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Faixa 59 (capas idiotas com videoclips fraquinhos...)

Faixa 58 (históricos VIII... capas idiotas I)

Ano de Colheita: 1988

Faixa 57 (liberdade, essa palavra maravilhosa)

Por razões mais ou menos obscuras os últimos dias têm sido férteis em desenvolvimentos sobre o caso das manifestações espontâneas. Sobretudo ao nível dos blogues: contam-se armas, grita-se pela ilegalidade das referidas, grita-se pelo direito à indignação, acusa-se os professores de serem uns calões que nada querem fazer, acusa-se o Governo de um autoritarismo digno de outros tempos, os da Velha Senhora. No meio de tudo isto está um muro, uma linha muito fina, tão fina que impede que alguém fique no meio-termo. O espaço do meio-termo era precisamente o espaço ocupado pela liberdade de exprimir ideias, de discuti-las, de gritá-las até. Agora, de um lado está a autoridade, do outro os arruaceiros, os malandros que só existem para gritar búúú e chatear o nosso primeiro, gente reles que não percebe o tremendo esforço de construção que o País está a enfrentar pela mão dos abnegados e heróicos governantes.
O actual Governo já demonstrou, por várias vezes, que lida mal com a liberdade de expressão e de manifestação de ideias, se bem me lembro só os governos de Cavaco Silva tinham este mesmo problema tão agudo. Mais recado menos recado, a verdade é que temos um país feito à imagem dos seus líderes, um país onde ser bufo dá créditos, um país que José Sócrates sonhou ser uma maravilha numa entrevista à SIC, um país onde, um destes dias, até para se estar numa paragem de autocarro com mais vinte pessoas poderá ser obrigatória a identificação pelas autoridades, não vá o diabo tecê-las.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Faixa 56 (históricos VII)

Ano de colheita: 1984

Faixa 55 (desafios)

Confesso que não ligo quase nada aos habituais desafios e correntes que são lançados na blogosfera mas hoje é sexta-feira e portanto Fantasma aqui vai:

Regras a seguir:
1. Colocar o link para a pessoa que nos "marcou".
2. Colocar as regras no blog.
3. Partilhar 6 coisas sem importância sobre nós.
4. Marcar mais 6 pessoas no final.
5. Avisar estas pessoas deixando um comentário nos seus blogs.


1 – Por mais que eu tente uma das minhas gatas não aprende a abrir portas provando assim que o seu dono nunca daria para ser professor.

2 – Tenho a mania que sou o Michael Jordan dos caixotes do lixo, tudo serve para fazer pontaria ao dito e, não raramente, consigo o que parecia impossível, acertar.

3 – E por falar em lixo, esquecer-me do dito na bagageira do carro é mato.

4 – Em férias, computador (sempre) e telemóvel (quase sempre) ficam em casa ou no trabalho.

5 - Gosto de “ouvir” a relva a crescer mas não gosto de a cortar.

6 – Sou o vizinho mais “canino” que os cães dos meus vizinhos têm.

Quanto às seis pessoas a desafiar deixo aqui o repto aos meus colegas do Geração Rasca (excepção feita à Leonor que já foi caçada antes) e à Pitucha.

Faixa 53 (Tiago Pires down under)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Faixa 52 (históricos VI)

Ano de Colheita: 1980

Faixa 51 (coisas a fazer um dia destes)


P.S. Mas 150 libras para três dias (13 a 15 de Junho) é puxadito para português.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Faixa 50 (históricos V)

Ano de colheita: 1983

domingo, 17 de fevereiro de 2008

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Faixa 48 (google... essa coisa maravilhosa)

Quando alguém vai ao Google e escreve: qual o nome da musica do ac-dc trilha sonora do filme comboio do terror, vindo ter a este blogue (coitado/a), não encontra o que quer, mas deixa algumas ideias, por exemplo, se eu tivesse de procurar uma banda sonora de um filme procurava esta em primeiro lugar...



Eric Serra, The Fifth Element, 1997, filme de Luc Besson


P.S. Continuam, ainda hoje, a ser os cinco minutos mais perfeitos de pancadaria musicada que conheço, e Inva Mulla Tchako tem uma voz que chama a atenção ao mais distraído mortal.

Faixa 47 (modernices)

O FBI alertou para a possibilidade de um novo vírus informático designado por «Storm Worm», escondido em postais de São Valentim, poder infectar hoje milhões de computadores em todo mundo.
in Diário Digital

As saudades que eu tenho do bom, velho (e fiel) Sexta-feira 13...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Faixa 44 (cruzes credo II)

Ele há coisas do diabo – não o chifrudo em si, só a apenas a imagem da coisa – andava eu atrás de algumas coisas que me têm escapado no universo musical quando um amigo americano me deu uma dica: “Sabias que anda tudo doido por cá por causa do último trabalho dos Megadeth? Tens de o ouvir!”, em anexo lá vinha um mp3 com uma faixa que, aos primeiros acordes parecia ser algo de conhecido, e no fundo era, A tout le monde - uma das faixas épicas da banda tinha sido recriada pela loucura de Dave Mustaine e pela voz quase angelical de Cristina Scabbia, uma italiana que dá voz desde 1994 aos Lacuna Coil. Foi preciso dar mais algumas voltas para perceber a extensão do problema americano do momento. O último trabalho destes senhores chama-se United Abominations, uma crítica e um ataque feroz desferido às United Nations e, para que não restassem dúvidas, a capa do disco mostra o edifício da ONU em Nova Iorque a ser atacado e destruído. Na habitual paranóia norte-americana a imagem é entendida como uma óbvia mensagem terrorista, um incitamento à violência. Até pode ser, as letras deste disco são de facto um ataque sem quartel às inconsistências da ONU, aos jogos de bastidores e à forma declarada como tem fechado os olhos às atrocidades cometidas pelos americanos.
É óbvio que uma coisa assim só podia trazer problemas aos Megadeth mas numa nação onde as simulações de afogamento são permitidas para interrogatório de prisioneiros; Guantanamo está logo ali ao lado; onde o facto de nunca ter existido a verdadeira e declarada razão para invadir o Iraque é rapidamente esquecida; onde as imagens da capa de um disco são alvo de preocupação mas por outro lado a difusão consentida de imagens do enforcamento de Saddam é tratada como um pequeno acidente onde os culpados, imagine-se, até são iraquianos; onde a maioria da população trabalha sem ter sequer o direito aos cuidados de saúde e onde uma eleição presidencial não é mais do que uma enorme angariação de fundos e de promessas de negócio feitas pelos futuros vencedores aos seus maiores e melhores apoiantes – leia-se quase toda a nata da economia americana -, com que direito podem criticar o que quer que seja?
Os Estados Unidos da América são um bom exemplo de algo que, em geral, rapidamente esquecemos. Muitas das coisas feitas por esse país nos últimos anos são dignas da mão e comando de uma outra figura histórica que, opinião minha - e de alguns cartoonistas espalhados pelo mundo -, se fosse americano, estaríamos bem tramados outra vez, um tal de Adolfo, lembram-se dele?


Cover: Megadeth - United Abominations, Maio de 2007

P.S. – Estranhamente, só cerca de nove meses depois do lançamento, alguém algures numa qualquer cadeira de uma sala enfiada no 30º andar de uma qualquer cidade, se chateou com o disco em questão. Presumo que tal como eu, alguém estivesse a dormir…

Faixa 43 (cruzes credo)

Depois disto que podem ler aqui (<<----- é clicar é clicar) só posso concluir que a insanidade que me afecta anda a atacar tudo e todos, até os mais bentos.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Faixa 42 (desafios)

A Leonor resolveu incluir-me no lote de gente a quem pergunta que palavras têm a sonoridade mais atraente. Acho difícil separar as palavras de que gosto daquelas que têm um som agradável e portanto a única coisa que garanto é esta: das próximas doze palavras, escritas ou faladas, gosto sempre:

antigo
benfica
clemente
feijoada
horizonte
iodo
luz
palhaço
rancho
sol
viagem
vida

P.S. - Resta dizer que também eu teria escolhido maresia mas pelos vistos cheguei atrasado

Faixa 41 (a culpa é da Pitucha)



Para além desta coisa aí em cima, o senhor em questão já foi um dos melhores guitarristas do metal. Ultimamente dedica-se a editar um ou dois albúns por ano, gravados algures no meio do deserto, e nesta fase dá também entrevistas onde insulta os candidatos democratas à presidência dos EUA. Contas feitas Pitucha, nada de jeito.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Faixa 40 (porque não te calas?)


Lançado no ano passado é uma daquelas coisas que anda entre o abominável e o rançoso. A evitar.

Faixa 39 (caipirinhas)

Cada um tem o Cristo que merece. Lembrei-me disto durante a tarde, enquanto tentava esburacar uma parede sem a deitar abaixo e vi um sinal que me pareceu interessante (se tivesse escrito divino ali atrás é provável que estivesse a incorrer numa heresia ainda maior). Numa viagem ao Rio de Janeiro há coisas que são obrigatórias: feijoada, Pão de Açúcar, feijoada, Calçadão, feijoada, Ipanema, feijoada, Copacabana, feijoada, Lagoa Rodrigo de Freitas, feijoada, Cidade Maravilhosa, feijoada, bondinho, feijoada, havaianas, feijoada, calor, feijoada, Leme, feijoada, Santa Teresa, feijoada, Cristo Redentor… podia ficar aqui o resto da noite mas tenho de ir ver o Portugal – Itália e portanto fica abreviado sendo que o que falta aí atrás deve ser lido – e bebido – 50 vezes no título.
Mas para além de tudo isto o Rio de Janeiro é a minha cidade das cidades, só vendo se pode acreditar que algures em algum tempo seja lá quem for fez nascer aquilo. Deus, Zeus, Odin, Maomé ou Jah, não interessa porque quem foi está de parabéns. Digo isto porque religião não é o meu forte – já devem ter percebido – mas no Rio fica-se crente na hora. Entre os recuerdos que vieram de lá conta-se uma pequena imagem de Cristo com um imã, ideal para pôr no frigorífico. Pode até parecer piada de mau gosto mas o homem morre, alegadamente, na cruz e ainda é vendido em madeira para pregar no frigorífico. Não admira, portanto, que uma das primeiras decisões daquela peça foi atirar-se para o chão, sobreviveu é certo mas causou um pequeno problema cá em casa, o braço esquerdo foi-se, só aponta para a direita – foi certamente castigo. Em dias de discurso de Luís Filipe Menezes ou Santana Lopes, mistério dos mistérios, ele vira-se de cabeça para baixo e lá fica a apontar para a esquerda, estranhamente também fazia isso com o Correia de Campos, continua a fazer quando há discurso da Maria de Lurdes Rodrigues, e faz questão de se mandar para o chão cada vez que o jornal "Público" manda mais uma acha para a fogueira do filósofo da nação.
Se têm dúvidas deste verdadeiro fenómeno do Entroncamento aqui fica a prova, hoje ele apareceu a apontar para cima, em direcção à frase No Frost que está no topo direito do frigorífico, sinal mais do que óbvio que vem aí a Primavera.

Foto: minha

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

O Rei dos reis


Ao contrário dos "vivas" aqui deixados, eu cá voto nesse senhor aqui em cima para king of kings.