sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Faixa 35 (dias negros)


Nunca fora notícia antes, não desta forma. A morte de um atleta em campo, a morte em directo a entrar na casa de todos nós como se de repente a vida se transformasse num filme de terror. Sentado num sofá, vi Miklos Fehér sorrir quando Olegário Benquerença lhe mostrou o cartão amarelo, vi-o dobrar-se e cair, vi o desespero e as massacrantes imagens de um homem estendido e derrotado por aquilo a que muitos chamam de destino. Desaparecia não um jogador de futebol mas antes um jovem com uma vida inteira pela frente, desaparecia não um jogador do Benfica mas um ser humano, ali, em directo perante os meus olhos e os de tantas outras pessoas.
Seja Fehér, Marc-Vivien Foe, Hugo Cunha, António Puerta ou qualquer outro comum mortal, a única certeza é mesmo que pode acontecer a qualquer um.

P.S. - Eusébio da Silva Ferreira faz hoje 66 anos e conhecendo-o tenho a certeza que desde há quatro anos que este dia tem outro significado.

1 comentário:

fantasma disse...

Também eu me lembro bem daquele instante. Viver cada dia como se fosse o último, não é?