É o número que habitualmente era sinónimo de um slow aka balada aka “rock manso”. Parecia que os tipos tinham contracto firmado com esta faixa.
Facto: por esta altura Mafra ficava a anos-luz de Lisboa, os 35 quilómetros eram feitos em cerca de hora e meia nas “camionetas do Sardinha”, se fosse quinta-feira havia que dividir o espaço disponível com as seis galinhas, três patos, dois coelhos e o limoeiro acabadinhos de comprar na feira da Malveira.
Viver na província era nesta altura verdadeiramente viver na província.
Mas pronto, acreditando que a faixa 4 é suposto ser romântica, vamos lá falar disso.
Nunca irão ouvir alguém de Mafra dizer que na sua meninice ia namorar para trás da igreja, se alguém o disser desconfiem porque em Mafra para se namorar atrás da igreja é preciso entrar para a tropa. Restava por isso o Jardim do Cerco, a quinta da Cerca (já desaparecida) e a escola primária (já desaparecida).
Por entre o inevitável Heaven do Bryan Adams, volta e meia ouvia-se Wasted Sunsets dos Deep Purple nas festinhas de garagem. É certo que Heaven é a balada de uma geração.
Pensei em ir à procura dessa música mas, embora aceite que essa canção marcou uma geração de namoros, se a ouvir mais uma vez que seja saio para a rua de faca na mão e vou-me vingar do Mundo, portanto, bom fim-de-semana.
sábado, 15 de dezembro de 2007
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1 comentário:
Vou estar alerta à música de fundo sempre que estiver perto de ti.
E, a propósito de igreja, deixa-me aqui expressar a minha profunda admiração pela mentira do 1° de Abril.
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