quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Faixa 1

O ano de 1980 foi de facto um período bem feliz na produção roqueira mundial. Se fosse vinho dir-se-ia de boa colheita.
Nem vale a pena gastar caracteres aqui para dizer que o mundo sem música não existia e bla bla, aliás, tenho a certeza que qualquer pessoa tem no seu “sistema operativo interno” AQUELA música, ou AQUELE disco, uma escolha tão pessoal que só faz sentido para si próprio.
No caso em análise, o meu, depois de muita ponderação sobre centenas de discos e alguns milhares de músicas – ontem à noite só me vinha à cabeça o livro Alta Fidelidade de Nick Hornby, vá-se lá saber – cheguei à conclusão que se tivesse de eleger um disco que fosse um símbolo naquilo a que se convencionou chamar Hard Rock, ele teria, obviamente, de ser Back in Black dos AC/DC, esse é o meu número 1.
Caramba, um puto acabado de sair do ciclo (nesta era de modernidade também conhecido como EB 2,3) entra no mundo dos grandes (leia-se liceu) e tem a sorte de ser vizinho de dois roqueiros dos quatro costados que andavam metidos naquilo a que na altura se chamava “Sonora”, os intervalos do velho liceu de Mafra eram coisa fina: David Bowie com o seu Ziggy Stardust, The Doors com o emblemático Roadhouse Blues e… ah pois… AC/DC com esse magnífico Back in Black. Muito mais se passava ali, mas se por acaso encontrarem alguém aí na casa dos 40 anos de idade que lá tenha andado, vão receber a mesma resposta no que toca a recordações. Não vos saberei explicar mas a emoção de apontar a agulha do velho prato Technics para fazer soar aquelas canções fizeram-me entrar na pré-adultice com outra confiança. Back in Black, Shoot to Thrill, You Shook Me All Night Long e Hells Bells são ainda hoje canções de culto, daquelas que tempo algum poderá apagar. Não sei porquê mas tendo em conta que o disco vendeu até hoje mais de 40 milhões de cópias em todo o Mundo, desconfio que haverá mais gente a pensar como eu.

P.S. Por esta altura nas rádios imperava aquilo a que se chamou a “música de pastilha elástica”, mastiga e deita fora. No número um do Top Nacional de vendas estava uma coisa execrável, também conhecida por “música de carrinhos de choque”, VideoKids com esse grande êxito “Woodpeckers from Space”. Benditos AC/DC…

8 comentários:

Leonor disse...

Ganda maluco :-)

Carlota disse...

Até estou a ver o ar confiante do H a entrar no liceu (com o seu blusão de cabedal?)... :)

Cenoura disse...

Benditos, mesmo!
E bem-vindo à blogosfera.
:)

Hélder Franco disse...

Era mais blusão de ganga Carlota e confiança pouca, ou nenhuma, valeram-me os tais "roqueiros dos quatro costados" para não sofrer as habituais praxes destinadas aos putos :|

Obrigado pa pela simpatia, o desafio será saber durante quanto tempo as memórias vão conseguir aguentar o escorrer do tempo :|

À leonor só posso dizer obrigado... por me aturar as pancas pois então :)

P.S. Lembrem-me de retirar esta coisa irritante da verificação de palavras... xbujkxqt... irrrrraaaaa

fantasma disse...

Olha! Não te esqueças de tirar a coisa irritante da verificação de palavras! ;)
wkhscmbc!

Hélder Franco disse...

Não me esqueço não... xptojaja... esta noite esta coisa está reformada :=

fantasma disse...

Foi-se ^_^

eduardo jai disse...

´Shoot to thrill´ainda hoje é a minha música fetiche para... jogar bilhar.

As coisas íntimas que um tipo confessa na blogosfera...

É melhor partir rápido e comentar o outro post na 2ª feira.
:))

Bom fim-de-semana.